Daniel Oliveira dos Santos
UFMA
Francisca Morais da Silveira
UFMA
José Assunção Fernandes Leite
UFMA
Lucas Santos de Sousa
UFMA
Cândida Helena Lopes Alves
CARE / Instituto Politécnico de Portalegre
Carlos Santos Leal
UFMA
DOI: doi.org/10.56492/issn.27647374.2025n1a4
Palavras chave: neurodiversidade; psicologia forense; subjetividade; psicoterapia;
resiliência.

RESUMO
O presente artigo aborda o fenômeno do suicide by cop (suicídio por confronto policial), uma modalidade de suicídio em que o indivíduo provoca intencionalmente a ação letal de agentes de segurança como forma de pôr fim à própria vida. A pesquisa, de caráter exploratório e abordagem qualitativa, baseia-se em revisão bibliográfica e documental, ancorada nos pressupostos da Psicologia Humanista, especialmente na Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers. O estudo analisa os fatores psicológicos, sociais e jurídicos relacionados ao fenômeno, destacando a ausência de reconhecimento formal e de protocolos específicos no Brasil. Os resultados apontam que o suicide by cop expressa não apenas um ato individual de desespero, mas também uma manifestação de vulnerabilidade social e emocional, agravada por lacunas institucionais e pela falta de preparo das forças policiais para o manejo humanizado de crises. A partir da perspectiva rogeriana, o fenômeno é interpretado como ruptura da congruência e da percepção de valor pessoal, o que evidencia a necessidade de ações preventivas pautadas na empatia, na escuta ativa e na valorização da vida. Conclui-se que a compreensão interdisciplinar e humanista do suicide by cop pode contribuir para políticas públicas mais sensíveis, formação policial centrada na dignidade humana e promoção da saúde mental.
