Daniel Felipe Ramos Vale
Discente Mestrado Interinstitucional (MINTER) em Direito UNDB/PUCRS
https://orcid.org/0000-0002-3325-7705
Maria Tereza Ramos Vale Halabe
Discente Mestrado Interinstitucional (MINTER) em Direito UNDB/PUCRS
https://orcid.org/0000-0002-7487-6115
DOI: doi.org/10.56492/issn.27647374.2022n2a3
Palavras chave: Quilombola. Comunidades Tradicionais. Centro de Lançamento de Alcântara. Direitos Humanos. Violência.
RESUMO
A problemática da legalização da posse das terras quilombolas às comunidades tradicionais de Alcântara, direito garantido pela Constituição cidadã (1988), esbarra no processo de desenvolvimento aeroespacial iniciado pelo governo brasileiro. A análise crítica é destacada neste artigo de opinião, a partir de uma análise de discurso, realizada com base no levantamento bibliográfico e, sobretudo das narrativas colhidas pelas reportagens que denunciam a violação dos Direitos Humanos. Assim, apresenta-se os pontos de tensão entre estes dois atores sociais, de um lado a comunidade quilombola da região e do outro o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), revisitando os trágicos enlaces desta relação, do ponto de vista de uma psicologia social aliada a uma compreensão do direito ambiental e psicologia jurídica. Apresenta como ponto principal que um Estado que defende a sustentabilidade e, sobretudo os direitos, deve fortalecer as comunidades tradicionais, que são agentes de manutenção da biodiversidade. Destacadamente, apresenta-se uma crítica social ao papel do Estado, e expõe as diversas situações de violência em todos estes anos de luta dos quilombolas pelo direito de viver em suas terras.