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Artigo v1.n1.2022

A UNIDADE DE INTERVENÇÃO TÁTICA (UIT) DO BATALHÃO DE OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS (BOPE): UMA ANÁLISE DOS ÚLTIMOS VINTE ANOS


Mario Trad Rosner
Ana Paula Monteiro
Pedro Cunha

O presente artigo tem por objetivo principal apresentar e analisar alguns dados estatísticos provenientes da Unidade de Intervenção Tática (UIT) do Batalhão de Operações Policiiais Especiais (BOPE) nos últimos vinte anos e refletir sobre a sua contribuição para a sociedade. Nesse sentido, os dados analisados foram obtidos diretamente das Seções de Planejamento Operacional e de Estatística do BOPE, nomeadamente as ocorrências com reféns de 12 de junho de 2000 até 12 de junho de 2020, perfazendo um total de vinte anos. Começando por se contextualizar a importância e inovação do estudo realizado na cada vez maior necessidade de uma intervenção eficaz em termos de segurança pública por parte do Estado e suas forças policiais em situações de crise e grande vulnerabilidade, o artigo inscreve toda a sua reflexão no âmbito da teoria do gerenciamento de crises. Dado que se trata de um tema ainda pouco analisado sob o ponto de vista científico, espera-se que esta reflexão possa contribuir para uma maior disseminação e desenvolvimento de conhecimento sobre esta área específica, uma vez que o Gerenciamento de Crises é sempre um domínio de atuação dotado de volatilidade, incerteza e complexidade.

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Artigo v1.n1.2022

PSICOFOBIA: UMA BREVE DISCUSSÃO SOBRE OS PRECONCEITOS SOFRIDOS POR PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS


Gládys Tinoco Corrêa
Lycia Helena Santos Coimbra
Rita de Cássia Ellen Silva Serra
Gilberto Sousa Alves
Cândida Helena Lopes Alves

A saúde mental é um assunto que está cada vez tomando proporção, especialmente na mídia. Isso se deve a uma maior ampliação de conhecimento na área da psicologia e psiquiatria, que aos poucos vai desvelando a mente humana e propondo melhores tratamentos para pacientes que antes costumavam ser negligenciados. No entanto, há algumas décadas, a saúde mental era vista como algo aversivo, as informações eram escassas para se ter um entendimento, provocando visões estereotipadas. Por esse motivo, os transtornos mentais como depressão e ansiedade não existiam, quando de fato, não eram expostas tão abertamente como na atualidade. Daí a importância de buscar compreender a importância sobre a estigmatização relacionada aos transtornos mentais e seus tratamentos. Tendo como objetivos específicos: Apresentar o percurso histórico do preconceito, trazendo o entendimento acerca da doença mental/loucura; Discutir como o preconceito promove a exclusão social, laboral e o afastamento da busca por tratamento; e Analisar as ações para o combate ou enfrentamento da psicofobia: conscientização, criminalização. Este capítulo é fruto de um estudo bibliográfico
Psicologia Jurídica Forense, v. 1,n. 1, jan./jun., 2022 16
realizado através das plataformas de pesquisas: SciElo, PePSIC e Google Acadêmico. Quanto aos descritores empregaram-se termos como “psicofobia”, “transtornos mentais” e “preconceito”. Por fim, a seleção resultou em 20 estudos que foram incluídos devido a sua compatibilidade com o tema abordado neste trabalho. Posteriormente, houve a análise da literatura na íntegra. Sendo expostos a interpretação dos dados como resultados deste artigo. Portanto, conclui-se que as discussões sobre esse tema permitem que a popularização desmitifique preconceitos às pessoas em adoecimento mental.

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Artigo v1.n1.2022

ASPECTOS DEMENCIAIS FRONTOTEMPORAIS COMO DESAFIOS EM PROCESSOS PERICIAIS PSICOLÓGICOS


João Carlos Alchieri
Sebastian Urquijo

A longevidade e a sobrevida experienciados nas últimas décadas levaram a um incremento na prevalência de doenças crônicas e à compressão da morbidade em idades avançadas. Uma manifestação deste fenômeno é a demência, síndrome clínica comum a partir dos 65 anos, e caracterizada por deterioro persistente de funções mentais com alterações da capacidade do indivíduo de realizar as atividades diárias sem sofrem de alterações no nível de sua consciência. As necessidades de atender solicitações oriundas conflitos sociais é uma das manifestações que é psicologia jurídica tem diante de si na atualidade. Como ponto de partida a possibilidade de apresentar informações capazes de levar uma tomada de decisão com menor limitação frente exigências sociais. O processo pericial em psicologia procura apresentar informações da funcionalidade da efetividade e da capacidade adaptativa diante da solicitação social de um determinado indivíduo identificando possíveis alterações ou mesmo manutenção da sua higidez psicológica. Os psicólogos que trabalham em processos periciais precisam ficar atentos às características e manifestações sintomáticas e de desadaptação de comportamento apresentadas pelo avaliando, sem perder a perspectiva do desenvolvimento e os processos vitais relacionados. A elaboração e a construção de novos instrumentais, de protocolos e de procedimentos técnicos científicos relacionados a medida e a avaliação de condições psicossociais, podem nortear e embasar as ações profissionais, reduzindo ou mesmo minimizando os riscos associados quanto as tomadas de decisão, identificadas como comprometimentos de funções psicológicas.